Friday, September 01, 2006

Javier Solana

Do Público:

Javier Solana: não é razoável sancionar o Irão em fase de negociações
01.09.2006 - 18h15 AFP, Reuters

O chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, disse hoje não ser razoável avançar com sanções contra o Irão em fase de negociações com os responsáveis do nuclear iraniano. Os ministros europeus pediram mais diálogo com Teerão.

“Os países membros do Conselho de Segurança da ONU podem começar a falar [nas sanções]” mas “por agora estamos a tentar encontrar uma possibilidade de começar verdadeiras negociações”, disse Solana à margem de uma reunião informal em Lappeenranta, na Finlândia, dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros.

Solana salientou que “isto não significa que o Irão disponha de tempo indefinido (...). O tempo que resta não é, de todo, indefinido”.

O alto responsável precisou que no próximo encontro que terá com o negociador iraniano, Ali Larijani, - em princípio no início da próxima semana – procurará uma explicação e uma resposta clara ao documento de 21 páginas que os iranianos entregaram, a 22 de Agosto, às seis grandes potências.

Este documento é a resposta à oferta de cooperação económica, política e nuclear feita pela União Europeia em nome desses países.

Em troca, o Irão deveria congelar todas as actividades de enriquecimento de urânio.

Mas, disse Solana, “no documento, [o Irão] não especifica como vai fazer isso. Por esta razão devemos fazer este trabalho prévio de discussões antes de podermos avançar para uma primeira sessão formal de negociações, se a conseguirmos realizar... não sei a poderemos realizar”.

“Para a União Europeia, a diplomacia continua a ser a principal via a seguir”, comentou o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês Erkki Tuomioja.

O seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, considera que ainda é muito cedo para falar de sanções mas nada impede que se negoceie com Teerão enquanto se trabalha num consenso nas Nações Unidas.

“É muito importante que o Irão compreenda que tem uma oportunidade histórica para regressar à cooperação internacional”, disse o ministro sueco Jan Eliasson.

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